Updated Portuguese BPD Open Letter

Thank you very much to Vicki G. Reiner, M.A., Life Coach for generously volunteering to have our Open Letter to Those Who Do Not Have BPD from those Who Do to Portuguese!

Borderline Personality Disorder (BPD) = Transtorno de Personalidade Borderline (TPB)
Post Traumatic Stress Disorder (PTSD) = Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)
Dialectical Behavior Therapy (DBT) = Terapia Comportamental Dialética (TCD)
***********************
Uma carta aberta de aqueles de nós com Transtorno da Personalidade
Borderline:

Queridos amigos, familiares, amantes, ex-amantes, colegas de trabalho, filhos e outros
de nós que sofremos com Transtorno da Personalidade Borderline,
Talvez você esteja se sentindo frustrado, impotente, e pronto para desistir. Não é sua
culpa. Você não é a causa do nosso sofrimento. Você pode achar difícil de acreditar, já
que somos capazes de lhe atacar, deixar instantaneamente de sermos carinhosos e
gentis e ficar desconfiados e cruéis em um minuto, e podemos até mesmo diretamente
culpar você. Mas não é culpa sua. Você merece entender mais sobre esta condição e o
que desejamos que poderíamos dizer, mesmo que não estamos preparados para dizé-
lo neste momento.

É possível que algo que você disse ou fez nos “engatilhou”. Um gatilho é algo que
desencadeia em nossas mentes um evento traumático do passado ou nos leva a ter
pensamentos angustiantes. Por mais que você pode tentar ser sensível com as coisas
que você diz e faz, isso nem sempre é possível, e nem sempre está claro por que algo
desencadeia um gatilho.

A mente é muito complexa. Uma certa canção, som, cheiro, ou palavra pode
rapidamente disparar conexões neurológicas que nos trazem de volta a um lugar onde
não nos sentimos seguro, e nós talvez respondemos no agora com uma reação similar
(pense em pessoas militares que lutam em de combate – o simples escapamento de
um carro pode levá-los a terem flashbacks. Isto é conhecido como Transtorno de
Estresse Pós-Traumático, TEPT, e isso acontece com muitos de nós, também).
Mas saiba que, ao mesmo tempo que estamos a empurrá-lo afastado com nossas
palavras ou comportamento, esperamos também desesperadamente de que você não
vai nos deixar ou abandonar-nos no nosso tempo de aflição e desespero.
Este pensamento, preto e branco ao extremo, junto com a experiência de desejos
totalmente opostos é conhecido como uma dialética. Logo no início do nosso
diagnóstico e antes de realmente cavar profundamente com TCD (Terapia
Comportamental Dialética), não temos as ferramentas adequadas para dizer-lhe isso
ou pedir seu apoio de forma saudável.

Podemos fazer coisas muito dramáticas, como prejudicar a nós mesmos de alguma
forma (ou ameaçar fazê-lo), indo para o hospital, ou algo similar. Embora estes gritos
de socorro deve ser levado a sério, entendemos que você pode enfrentar burn out de
se preocupar conosco e o comportamento repetido.

Por favor, confie que, com a ajuda profissional, e apesar do que você pode ter ouvido
ou vir a acreditar, nós PODEMOS melhorar, e, de fato, MELHORAMOS.
Estes episódios podem se tornar mais ou menos frequentes, e podemos experimentar
longos períodos de estabilidade e regularidade de nossas emoções. Às vezes, a
melhor coisa a fazer, se você puder juntar suas forças no meio de toda a sua frustração
e mágoa, é nos segurar, nos abraçar, dizer que nos ama, se importa, e não vai nos
deixar.

Um dos sintomas de Transtorno de Personalidade Borderline é um medo intenso de ser
abandonado, e, portanto, (muitas vezes inconscientemente) às vezes nos
comportamos de maneira extrema, frenéticos para evitar que isso aconteça. Mesmo a
nossa percepção de que o abandono é iminente pode nos causar a nos tornarmos
frenéticos.

Outra coisa que você pode achar confuso é nossa aparente incapacidade de manter
relacionamentos. Podemos saltar de um amigo para outro, passando de amar e
idolatrar-los para desprezá-los – os excluindo dos nossos telefones celulares e do
Facebook. Somos capazes evitá-lo, não atender chamadas, e recusar convites para
estar perto de você – e outras vezes, tudo que nós queremos fazer é estar perto de
você.

Isto se chama splitting (dissociação), e faz parte da transtorno. Às vezes nós tomamos
um ataque preventivo, renegando as pessoas antes que eles possam nos rejeitar ou
nos abandonar. Nós não estamos dizendo que é "certo". Nós podemos trabalhar neste
padrão destrutivo e aprender a ser mais saudáveis no contexto de relacionamentos.
Isto só não vem naturalmente para nós. Vai levar tempo e muito esforço.
É difícil, a final, de se relacionar com os outros corretamente quando não se tem uma
sólida compreensão de si mesmo e quem você é, para falar nada dos outros ao seu
redor.

No Transtorno de Personalidade Borderline, muitos de nós enfrentamos problemas de
perturbação de identidade. Podemos assumir os atributos dos que nos rodeiam, nunca
realmente sabendo quem somos. Você se lembra na escola as crianças que passaram
de gostar de música rock ao pop para Goth, tudo para se encaixar com um grupo – se
vestir como eles, fazer o estilo seu cabelo como os deles, usando os mesmos
maneirismos? É como se nós não superássemos isso.

Às vezes, até assumir os maneirismos de outras pessoas (agimos de uma maneira no
trabalho a outra em casa, outra na igreja), que é em parte de como nós começamos o
nosso apelido de "camaleões". Claro, as pessoas agem de forma diferente em casa e
no trabalho, mas você pode não reconhecer-nos pela forma como nos comportamos no
trabalho em relação em casa. É tão extremo.

Para alguns de nós, tivemos infâncias durante a qual, infelizmente, tivemos pais ou
cuidadores que poderiam mudar rapidamente de amar e ser normal para serem
abusivos. Tínhamos que nos comportar de maneiras que iriam agradar o cuidador a
qualquer momento, a fim de permanecer seguro e sobreviver. Nós não superamos isso.
Por causa de toda essa dor, muitas vezes experimentamos sentimentos de vazio. Não
podemos imaginar como impotente você deve sentir a testemunhar isso. Talvez você já
tentou tantas coisas para aliviar a dor, mas nada funcionou. Mais uma vez – isso NÃO é
culpa sua.

A melhor coisa que podemos fazer durante estes tempos é nos lembrar que "isto
também passará" e praticar habilidades TCD – especialmente auto-calmante – coisas
que nos ajudam a sentir um pouco melhor, apesar da dormência. O tédio é muitas
vezes perigoso para nós, uma vez que se pode levar a um sentimentos de vazio. É
inteligente para nós ficarmos ocupados e nos destrairmos quando o tédio começa a
apresentar-se.

No outro lado da moeda, podemos ter explosões de raiva que podem ser assustadoras.
É importante que fiquemos seguro e não ferirmos a você ou a nós mesmos. Esta é
apenas outra manifestação de TPB.

Somos altamente sensíveis emocionalmente, e temos extrema dificuldade de controlar
nossas emoções. Dra. Marsha Linehan, fundadora da TPB, nos compara vítimas de
queimaduras emocionais de 3º grau.

Através da terapia comportamental dialética, podemos aprender a regular nossas
emoções para que não fiquem fora de controle. Podemos aprender a parar de sabotar
nossas vidas e circunstâncias … e podemos aprender a se comportar de maneiras que
são menos dolorosas e assustadoras para você.

Outra coisa que você pode ter notado é um olhar vazio em nossos rostos. Isto é
chamado de dissociação. Nossos cérebros literalmente desligam, e os nossos
pensamentos vão para outro lugar, como se nossos cérebros estivessem tentando nos
proteger de um trauma emocional adicional. Podemos aprender exercícios de
aterramento e aplicar nossas habilidades para ajudar durante esses episódios, e eles
podem se tornar menos frequentes à medida que melhoremos.
Mas e você?

Se você tiver decidido a se esforçar e ficar ao lado de seu amado com TPB, você
provavelmente precisa de apoio também. Aqui estão algumas ideias:

 Lembre-se de que o comportamento da pessoa não é sua culpa
 Acesse a sua compaixão pelo sofrimento da pessoa, enquanto a compreensão
de que o seu comportamento é provavelmente uma reação intensa daquele
sofrimento

 Faça coisas para cuidar de VOCÊ. Na página recursos deste blog, há uma
grande variedade de informações sobre livros, workbooks, CDs, filmes, etc. para
você entender esse transtorno e cuidar de si mesmo. Dé uma olhada.

 Além de aprender mais sobre TPB e como fazer o autocuidado em torno dela,
certifique-se de fazer coisas que você goste e que lhe acalmam, como sair para
uma caminhada, assistir a um filme engraçado, comer uma boa refeição, tomar
um caloroso banho – o que quer que você gosta de fazer para cuidar de si
mesmo e se sentir confortado.

 Faça perguntas. Há um monte de equívoco por aí sobre TPB.
 Lembre-se que as suas palavras, o amor e apoio percorrem um longo caminho
para ajudar seu amado a se curar, mesmo que os resultados não são
imediatamente evidentes.

Nem todas as situações que descrevi se aplicam a todas as pessoas com Transtorno
da Personalidade Borderline. Só se deve ter 5 sintomas de 9 para se qualificar para um
diagnóstico, e as combinações desses 5-9 são aparentemente interminável. Essa
publicação é só para lhe dar uma ideia do sofrimento típico e pensamentos aqueles de
nós com TPB têm.

Este é o meu segundo ano na TCD. Um ano atrás, eu não poderia ter escrito esta
carta, mas representa muito do que estava em meu coração, mesmo que ainda não
podia ser entendido ou expressado.

Minha esperança é que você ganhe uma nova visão sobre a condição do seu ente
querido, e cresça na compaixão e compreensão tanto para seu amado quanto para
você mesmo, pois este não é um caminho fácil.

Eu posso te dizer, por experiência pessoal, que trabalhar nesta doença através de TCD
vale a pena a luta. A esperança pode ser restaurada. A vida normal pode se retornar.
Você pode ver vislumbres e cada vez mais de quem essa pessoa realmente é ao longo
do tempo, se você não desistir. Desejo-lhe paz.

Obrigada pela leitura.

Logo escrevo mais.

O autor desta carta já se recuperou de Transtorno de Personalidade Borderline e já não
satisfaz os critérios para o diagnóstico de TCD. Há esperança para você e seu amado.
Recuperação aconteceu através de um compromisso com a TCD. Debbie agora ensina
as habilidades TCD que ajudaram a mudar a sua vida no site DBTpath.net onde você
pode ter aulas de terapia de comportamento dialético on-line de qualquer lugar do
mundo. * * Você pode superar esta transtorno!

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